Mídia ignora ódio religioso e foca debate no acesso a armas
O massacre na Faculdade Comunitária Umpqua, no Estado do Oregon, entra para a história como mais uma tragédia sem sentido. Como é comum nesses casos, horas depois das mortes, diferentes informações sobre o atirador vão surgindo.
Sabe-se que seu nome era Chris Harper Mercer e tinha 26 anos. A polícia não tem dado detalhes sobre as investigações, mas fez buscas na casa onde vivia. Também falou com seus familiares e amigos.
O presidente Obama fez um pronunciamento, onde descartou a possibilidade de ter sido um ato de terrorismo. Aproveitou para reiterar que gostaria de ver um controle maior na venda de armas nos Estados Unidos. Rapidamente, esse se tornou o foco da mídia e o antigo debate acaba ocupando grande parte dos noticiários. Este foi o 45º ataque com vítimas em instituições de ensino nos EUA somente em 2015.
Contudo, o jornal New York Post relata que Mercer tinha um algo bastante específico em mente. Segundo testemunhas, Mercer perguntava a religião de suas vítimas. Em mais de uma sala de aula o atirador mandou todos deitarem no chão. Depois, pedia para as pessoas se levantarem e dizerem suas religiões.
Aos que afirmavam ser cristãos, avisava que iriam “ver a Deus em um segundo”. Em seguida, disparava contra suas cabeças. Quem dizia ser de outra religião, recebia tiros nas pernas.
O desprezo de Chris Harper pelo cristianismo fica evidenciado por suas opções reveladas em um perfil na internet. Aparentemente, ele era ateu e colecionava armas e artigos nazistas.
Oficialmente foram nove vítimas e quase duas dezenas de feridos. Mercer, morto pela polícia, foi a décima.
Postagens no Twitter, de membros do grupo extremista Estado Islâmico, “comemoraram” o massacre. Aparentemente, Mercer tinha ligações com jihadistas nos Estados Unidos. A polícia diz apenas que as investigações continuam e não há como provar que a motivação foi ódio religioso ou mesmo um ataque terrorista.
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