quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Turquia entra na guerra contra EI, mas bombardeia aldeias cristãs

Sete aldeias curdas cristãs foram atacadas

Turquia entra na guerra contra EI, mas bombardeia aldeias cristãs

Segundo o Observatório Nacional para os Direitos Humanos da Síria (Ondus) o número de pessoas mortas no país oficialmente pelo grupo terrorista Estado Islâmico chegou a 3.156. A maioria são cristãos.
Desde a criação do califado sunita, há 14 meses, outros milhares de mortos não foram contabilizados por que não apareceram nos vídeos de execução do Estado Islâmico (EI).  Existem milhares de refugiados na região.
Como as Nações Unidas não estão tomando nenhum tipo de ação para impedir o massacre cotidiano, uma notícia foi celebrada neste sábado (29), a entrada da Turquia na coalizão internacional da OTAN, liderada pelos Estados Unidos.
A Turquia, Estado-membro da Otan, autorizou que os bombardeios mais recentes dos Estados Unidos saíssem da base aérea em Incirlik (no sul). Até agora, os aviões da Força Aérea americana decolavam de bases mais distantes, na Jordânia e no Kuwait.
Embora o ministério turco das Relações Exteriores divulgou que disparou contra posições do EI na Síria, ativistas denunciam que seu foco não é o grupo jihadista, mas sim os rebeldes curdos ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O problema é que o alvo dos turcos foram aldeias cristãs assírias nas montanhas Qandil, no Iraque. Há relatos que foram atingidas Sharanish, Baz, Barwary Bala, Hayes, Dawoodiya e Margerija.
Nesses locais, a maioria é de cristãos. Em Dawoodiya há um campo de refugiados com 700 famílias.  Desde julho, líderes cristãos vêm pedindo que a Turquia acabe com os ataques contra os curdos, que também são inimigos do EI.
Analistas questionam se as decisões da Turquia mostram que o país realmente não tem apoiado o Estado Islâmico, como foi denunciado anteriormente. Com informações de Shoebat

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