quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Dilma resiste e Israel ficará sem embaixador no Brasil

Governo do PT amplia "crise diplomática" com Tel Aviv

Dilma resiste e Israel ficará sem embaixador no Brasil

O que era uma ameaça agora é realidade. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou que Israel não terá mais embaixador no Brasil. O motivo é a resistência descabida do governo Dilma à indicação de Dani Dayan. Desde agosto do ano passado, o imbróglio diplomático se arrasta em Brasília.
O governo petista, que apoia abertamente os palestinos e já mandou pelo menos 25 milhões de reais do dinheiro público para os terroristas do Hamas, alegava que o nome de Dayan não agradava. O motivo é ele ter sido, entre 2007 a 2013, líder do conselho Yesha, que reúne cerca de 500 mil colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Para os petistas, esses colonos judeus estão “ocupando” território palestino.
O Itamaraty estava postergando indefinidamente o agrément (aprovação do nome). Como Netanyahu não cedeu à pressão de Dilma, uma nova crise diplomática está instaurada.
Por ora, a diplomacia de Israel no pais ficará a cargo do segundo escalão da embaixada. Na prática isso diminui o nível das relações bilaterais.
“Acredito que Dani Dayan é um candidato excepcionalmente qualificado. Ele continua a ser meu candidato. Acho que rotular pessoas é o próximo estágio após rotular produtos, e não quero rotular ninguém”, declarou Netanyahu, que marca posição ao não indicar outra pessoa para o cargo. Ao mesmo tempo, disse: “Espero que possamos fortalecer essas relações [Brasil e Israel]”.
Em entrevista à rádio do Exército israelense, Dayan disparou: “Entendo perfeitamente a situação. No último meio ano, o Brasil se deteriorou em todos os sentidos e se tornou bem menos importante e desafiador ser embaixador”. Classificou a rejeição do seu nome de “boicote”.  O destino provável do ex-líder dos colonos é um dos dois consulados gerais nos Estados Unidos, em Nova York ou Los Angeles.

Embate não é novidade

O embaixador anterior, Reda Mansour, precisou voltar a Israel por questões pessoais após pouco mais de um ano. Após a indicação do nome de Dayan, e rejeição do Brasil, Israel afirma que tentou contatar diretamente a cúpula do governo brasileiro. Netanyahu se queixa que a presidente Dilma Rousseff havia “fugido” dele na conferência da ONU sobre o clima, em dezembro.
Ao longo de 12 anos do PT no governo, não foram poucas às vezes em que o Brasil demonstrou que sua diplomacia estava enfraquecendo e não é a primeira vez que o país se posiciona contra Tel Aviv. Em 2014, o Itamaraty – por meio do Ministério das Relações Exteriores – criticou a ação de Israel na Faixa de Gaza como represália as investidas do grupo terrorista Hamas.
Na época Israel respondeu com aspereza contra a nota indigesta do Itamaraty, chamando o Brasil de “anão diplomático”.
Segundo noticiou o jornal Yedioth Ahronoth, 40 movimentos esquerdistas brasileiros questionaram a nomeação de Dayan como embaixador. Acusam-no de violar o direito internacional nas comunidades palestinas. Alguns desses mesmo movimentos apoiam a Coreia do Norte, por exemplo.
Dayan é empresário, nascido na Argentina e tem 59 anos, tendo mudado para Israel aos 15. É formado em Economia, tinha uma empresa de software antes de entrar para a política. Com informações deTimes of Israel e Breaking Israel News

Nenhum comentário:

Postar um comentário