Reação veio após estados proibirem aborto em casos de má formação congênita.
A maior rede de clínicas de aborto do mundo, a organização norte-americana Planned Parenthood está envolvida em uma série de denúncias sobre a venda ilegal de tecidos fetais para centros de pesquisa. Vídeos gravados secretamente, revelaram que existe um lucrativo “mercado negro”, que vende partes dos corpos de bebês abortados.
Uma forte reação à Planned Parenthood foi iniciada no ano passado, quando diversos grupos cristãos e pró-vida passaram a exigir que a organização parasse de receber dinheiro público.
Esta semana, a rede de clínicas de aborto entrou com um processo contra os estados de Indiana e Kentucky. O motivo é que os dois estados aprovaram leis proibindo o aborto quando a justificativa é que o bebê for portador de Síndrome de Down ou outros tipos má formação congênita.
“Essa lei impõe o que consideramos restrições inconstitucionais sobre as mulheres que desejam o aborto. Esta lei não valoriza a vida, só valoriza o nascimento”, afirmou um porta-voz da Planned Parenthood na região.
O argumento deles é que a nova legislação “nada faz para melhorar ou proteger a saúde das mulheres. Simplesmente cria barreiras, limites de acesso aos cuidados de saúde reprodutiva, visando envergonhar e julgar decisões pessoais e difíceis tomadas pelas famílias”. Ressaltam ainda que se trata da “tentativa do Estado de invadir a privacidade de uma mulher e controlar a sua decisão”.
De acordo com o Life News, o governador de Indiana, Mike Pence afirmou que a nova lei é “uma medida pró-vida abrangente, que reafirma o valor de toda a vida humana”. No dia de sua assinatura, afirmou: “Ao adotar a legislação, damos um passo importante na proteção do nascituro, enquanto continuamos a fornecer uma exceção para a vida da mãe. Assino esta legislação enquanto faço uma oração para que Deus continue a abençoar esses preciosos filhos, mães e famílias”.
Brasil também discute o tema
Debates sobre o aborto de bebês com má formação congênita também ocorrem no país desde que oSTF aprovou em 2012. Com essa decisão, o projeto que foi defendido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Saúde passa a ser autorizado pela justiça.
Nos últimos meses, o assunto voltou a ser tratado por conta do aumento dos casos de microcefalia no país. Isso intensificou, inclusive, a pressão da ONU para que o Brasil legalize o aborto. Diversos deputados evangélicos da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família tem tratado dessas questões no Congresso.
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