Aumenta a perseguição em solo chinês
A missão China Aid vem divulgando o aumento da perseguição em solo chinês desde 2008, quando o governo voltou a tentar coibir as práticas religiosas em larga escala. Xi Jinping, presidente do partido comunista, vêm impondo novas leis que restringem a liberdade religiosa. Segundo ele, a “gestão da religião é, em essência, a gestão das massas”.
O caso mais recente é de uma igreja na província de Zhejiang. Dia 20 de maio, uma equipe de 100 funcionários do governo local destruiu, sem aviso, o templo cristão. O pretexto apresentado foi que isso era para “melhorar a área” e parte do programa de “embelezamento” da província.
A Igreja Zhuyang estava negociando com as autoridades sobre uma possível mudança de endereço quando de repente, o prédio foi colocado abaixo. Os membros da igreja informaram que o pastor vinha negociando um novo local de reuniões e a taxa cobrada para isso. Eles não tiveram tempo de tirar nada do local, pois não foi lhes dado aviso algum.
Ao contrário de demolições anteriores de igrejas na região, as autoridades não alegaram irregularidades nos documentos, pois o local tinha autorização oficial para funcionamento. Em um ato de fé, na manhã de domingo, 22 de maio, cerca de 48 horas após terem visto a demolição, os membros da igreja realizaram um culto dentro das ruínas.
Nas imagens divulgadas pela China Aid, é possível ver que eles levaram faixas com mensagens de fé e contra a decisão do governo. Quando foram publicadas na Weibo, rede social mais popular da China, logo foram apagadas do site por ordem do governo, que controla todo o conteúdo da internet no país.
De acordo com uma pessoa que estava no local, mas não teve o nome divulgado por questões de segurança: “Os irmãos e irmãs desta igreja gostariam de saber se a justiça ainda existe”. A missão China Aid vem emitindo diversos relatórios sobre casos de perseguição aos cristãos, procurando expor os abusos de direitos humanos e da liberdade religiosa por parte do governo chinês.
Este mês, igrejas na província de Handan foram “interditadas” pelo governo. Quando os fiéis chegavam até os templos, eram impedidos de entrar pelo Departamento de Assuntos Religiosos. Alguns deles resistiram e fizeram suas preces ajoelhados do lado de fora, num movimento pacífico de resistência civil.
A perseguição contra os cristãos na China ficou sete vezes maior na última década. De acordo com o último relatório da missão China Aid, é possível ver claramente um aumento nos casos de prisões de líderes, fechamento e demolições de templos.
O país está entre os 50 que mais perseguem os cristãos no mundo, segundo a missão Portas Abertas. Especialistas acreditam que as comunidades religiosas na China vivem o mais intenso ano de perseguição desde a Revolução Cultural (1966-1976), quando o país passou a adotar o sistema comunista.
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