segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O VEREDICTO INVERTIDO


O Deus dos nossos antepassados ressuscitou Jesus, a quem os senhores mataram, suspendendo-o num madeiro. Deus o exaltou, colocando-o à sua direita como Príncipe e Salvador… Nós somos testemunhas destas coisas,bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que lhe obedecem. (Atos 5.30-32)

É difícil para nós compreendermos a profunda desilusão dos discípulos quando Jesus foi crucificado. Eles haviam crido nele como o Messias esperado havia muito tempo. Desde a prisão do Mestre no jardim, no entanto, as coisas tinham ido de mal a pior, e a fé deles havia se desgastado profundamente.

Os líderes judeus haviam tramado a rejeição do Messias para a própria satisfação intelectual e legal deles. Eles o haviam entregue para ser julgado diante de Pilatos, que por fim curvou-se à vontade do povo. Então ele foi condenado à humilhação, à dor e à crucificação.

Assim, um após outro, os tribunais condenaram Jesus. Em todos os casos, o veredicto foi pronunciado contra ele, e na cruz nenhuma comutação de última hora lhe foi concedida. Finalmente seu corpo sem vida foi retirado do madeiro e levado para ser sepultado no túmulo de José de Arimateia.

O último ato foi a colocação de uma grande pedra na entrada da tumba, que depois foi selada, e a ordem de Pilatos para que fosse enviado um destacamento ao local, para torná-lo seguro como os líderes religiosos achassem melhor (Mt 27.65).

Portanto, o quadro era o seguinte: um cadáver sepultado, uma tumba selada e vigiada, mulheres chorando e vigiando à distância, e sonhos destruídos. Como disseram os discípulos de Emaús: “E nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel” (Lc 24.21).

A morte havia levado Jesus para além de qualquer esforço humano. Somente um milagre poderia remediar a situação. Somente a ressurreição. E foi por meio da ressurreição que Deus interveio. Como consequência, temos o mesmo padrão desenvolvido nos primeiros sermões dos apóstolos.

Nós o encontramos no primeiro sermão pregado (At 2), no segundo (At 3), no terceiro (At 5), no sermão de Pedro diante de Cornélio (At 10) e no sermão de Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13):

“Vocês o mataram. Deus o ressuscitou. Nós somos testemunhas”. Essa afirmação expressa o primeiro e mais básico valor da ressurreição — ao ressuscitar Jesus, Deus inverteu definitivamente o veredicto sobre ele dado pelos seres humanos e o confirmou como verdadeiramente Filho de Deus e Salvador.

Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; Ao qual Deus ressuscitou, … Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz:Disse o Senhor ao meu Senhor:Assenta-te à minha direita, Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. Saiba pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Atos 2.22-36

Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato

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