Metade dos líderes religiosos acreditam que ser pastor frequentemente os sobrecarrega.
Embora a maioria dos pastores reclamem de estresse, muita cobrança e salários baixos, apenas 1% abandona o púlpito cada ano. O estudo da LifeWay Research é o primeiro a fazer esse levantamento.
Foram entrevistados 1.500 pastores de igrejas evangélicas. Os números indicam que 13% dos que eram pastores em 2005 abandonaram o pastorado 10 anos mais tarde por outros motivos além de morte ou aposentadoria.
Apesar de muito se falar sobre a diminuição dos vocacionados, “Os pastores não estão deixando o ministério em massa”, garantiu o vice-presidente da Lifeway, Scott McConnell.
Entre os dados que merecem destaque estão:
84% dizem que estão de plantão 24 horas por dia.
80% esperam conflitos em sua igreja.
54% acreditam que ser pastor frequentemente os sobrecarrega.
53% preocupam-se seguidamente com a saúde financeira de sua família.
48% sentem frequentemente que as exigências do ministério são maiores do que eles conseguem lidar.
21% dizem que sua igreja tem expectativas irrealistas sobre eles.
“Este é um trabalho brutal”, disse McConnell. “O problema não é que os pastores estão parando. O problema é que os pastores enfrentam um ambiente de trabalho desafiador. As igrejas deveriam se preocupar com isso”.
O pesquisador estima que um total de 29.000 pastores evangélicos deixaram o pastorado na última década, uma média de menos de 250 por mês.
A pesquisa também examinou os motivos pelos quais os pastores deixam o ministério e o que pode ser feito para apoiá-los.
Pouco menos da metade (45%) dos pastores ocupa o mesmo cargo que tinha há 10 anos. Outro 12% dizem que o pastor que liderava sua igreja em 2005, agora lidera outra igreja. Cerca de 10% dos pastores que estavam trabalhando em 2005 se aposentaram e 3% morreram.
Questionados sobre seus motivos para sair do pastorado, o conflito na igreja foi a resposta de 23% dos entrevistados. Questões éticas ou morais (13%), problemas de saúde (13%), problemas financeiros (8%), e doenças graves (5%). Falta de preparação para o trabalho foi citada em 3% dos casos.
Sobre os conflitos citados como motivo na maioria dos casos, isso inclui:
38% saíram por que as mudanças que eles propuseram não foram aceitas
34% dos pastores sofreram ataques pessoais
27% rejeição do seu estilo de liderança
25% expectativas irreais sobre o papel do pastor
13% diferenças doutrinárias
Michael Lewis, do ministério NAMB, que trabalha com pastoreio de pastores afirma que o as exigências do ministério exigem que os pastores se protejam.
Questionados sobre o assunto, os pastores responderam que:
71% das igrejas não tem projeto de conceder uma licença sabática periódica para o pastor.
66% não oferecem um grupo de apoio para a família do pastor.
66% não possuem qualquer ministério leigo de aconselhamento.
30% não possuem nenhum documento que indique claramente o que a Igreja espera de seu pastor.
16% não possui um processo detalhado de disciplina na igreja.
Fonte: Gospel Prime
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